terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Fim de mais um ano...


Pois é, amiguinhos (as)... Chegamos a mais um fim de ano. è díficil não reproduzir os discursos de práxe que todos nós estamos acostumados a escutar durante esse período: "Feliz natal pra lá, feliz ano novo pra cá" por todos os lados. As pessoas parecem andar nas ruas mais despreocupadas e com um seblante mais tranquilo, parando para admirar as vitrines das lojas cheias de floquetes de neve e temas polares, apesar desse período ser um dos mais quentes na região. Enfim, tudo isso transmite uma aura de muita paz espiritual para as pessoas que estão inseridas nesse mundo social tecnocrático que vivemos.
No mais, foi um 2007 maravilhoso para mim, repleto de conquistas, de momentos inesquecíveis... Gostaria de pontuar alguns, como numa espécie de memorial, inclusive, que estão já detalhados aqui, nos posts anteriores do blog: o show da Forgotten Boys em e da Matanza em João Pessoa, o último show da Motherhell e Dr. Sin e Zé do Caixão em Campina Grande. Enfrentei o processo seletivo do mestrado em História da UFCG e após saber do resultado por telefone, preparei a comemoração aqui em casa, regada a whiskey, conhaque e cerveja, afinal, passei em segundo lugar na seleção que se inscreveram 95 pessoas pra 15 vagas.
Natal não estarei em nenhuma paisagem com neve, infelizmente. Mas creio que será divertido, mesmo assim, afinal, estarei cercado por pessoas que tenho em grande estima. Fico por aqui, ansioso por 2008, esperando que os desfechos do ano novo me sejam favoráveis tanto quanto foram os de 2007. Sem nostalgia ou arrempendimentos, apenas repleto de conquistas.

"Feliz natal e próspero ano novo", pra não escapar dos clichês! (Pelo menos, o papai noel "hell angel" é mais transgressor que os habituais).

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Justiça, antes tarde do que nunca? Nunca mesmo...


Bom, teria de reportar nesse blog um fato que me aconteceu ontém pela manhã. Mas para contextualizar a história toda, voltemos ao começo dela:

Depois de esperar praticamente 1 ano pela minha carteira de estudante, isso mesmo, aquele cartãozinho rídiculo que todo mundo fica mais feio do que já é nas fotos, que serve pra gente comprar passes estudantis para pagar meia passagem nos ônibus e também economizar a grana da cerveja nos shows e cinemas da vida, eu resolvi entrar com uma ação na justiça, processando o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) aqui em Campina Grande.

Na verdade, toda essa balela de lutar pelos estudantes, camisa de Che Guevara, discursozinhos inflamados, etc. etc. apenas servem para ocultar um pouco, pelo menos para os mais ingênuos ou desavisados, todo um jogo de interesses pessoais, arrivistas, que os barbichinhas e as pós-hippies alimentam nos bastidores. A começar que, quando começei a dar seguidas e seguidas viagens do CEDUC I onde funciona meu curso (História) para o CEDUC II, onde fica localizado a sede do DCE onde antes era uma antiga cantina, a pé, caminhado nada mais que 25 minutos sob o sol extremamente confortante do Nordeste, para saber alguma informação do paradeiro dessa carteira, sempre era recebido com as mesmas desculpas esfarrapadas: "Ainda não chegou", "processe o SITRANS (Sindicato dos TRansportes), a culpa é deles", etc. etc. Bom, que eu saiba a grana da carteira foi depositada na conta corrente do DCE, não do SITRANS.

Embora, o próprio Caio Fernandes, um dos cabeças (e bota cabeça nisso) dessa gestão do DCE, chamada Locomotiva, que alegou que o DCE apenas repassa a grana das carteiras de estudante para a gráfica e o SITRANS e depois, no decorrer da confecção das mesmas, apenas as recebe prontas para repassá-las aos estudantes, esqueceu de mencionar que seu irmão, o Fernando Fernandes, é o dono da gráfica onde o designe da carteira é feito... Hummm, tudo fica em família héim?! Se ao menos, dessem esses trambiques direito, ficassem com a grana, pra tomar uísque e Sminorff nas calouradas, como sempre acontece, as custas desse dinheiro, e há quem já alugou e mobiliou até apartamentos com esses cachêzinhos, mas repassassem as carteiras dentro dos prazos para mim e outras pessoas, que ficaram sem as carteiras, reles mortais, sem vínculos familiares com gráficas ou sindicatos.

Em suma, entrei com uma ação na justiça comum, depois de muita burocracia, de esperar uma manhã e uma tarde inteira para ser atendido, de ficar enojado com a prepotência de um capitãozinho qualquer da polícia que ficava recebendo as pessoas enquanto os funcionários do Procon almoçavam, mas consegui sobreviver ao espetáculo de horrores da burocracia brasileira. Foi marcada uma audiência para uns 25 dias depois. No dia, nova mostra de compromisso do DCE: apenas eu compareci a audiência, eles nem assinaram a intimição que é entregue pelos Correios. Fui recebido por uma bacharel em direito que falou que após escutar toda essa ladainha, disse-me que iria mandar um oficial de justiça para intimar o DCE, ao invés de um carteiro... dá quase no mesmo...

Nova audiência foi marcada, para o dia 03 do novembro, as 11:20. Acontece que me atrasei 10 minutos, chegando lá as 11:30 hs. Um oficial (mais uma vez) fala que como me atrasei o juiz de plantão extinguiu o processo... logo eu, que queria comprar até uma moto com uma possível indenização... isso foi brutal. Cheguei a conclusão que agora descobri o verdadeiro significado de um dos grandes lemas jurídicos: "a justiça tarda, mas não falha"... bom, a justiça pode tardar, mas nós, não, né? quanto a questão da falha, essa é mais evidente: antes de falhar, ela extingue os processos, eliminando a causa.

No mais isso, fiquei sem minha carteira de estudante de 2007 e sem indenização por danos morais, o DCE continua com suas gráficas, uísques, smirnoffs, apartamentos etc. ludibriando algumas centenas de estudantes que ainda se iludem com esse discurso de movimento estudantil, mas pelo menos, aproveitem pra destinar uma verbazinha pra comprar óleo de linhaça com os 8 reais da minha carteira que não veio pra lustrar essa cara de pau de vocês.