domingo, 27 de janeiro de 2008

Uma crítica tardia sobre o filme Ghost Rider



Creio que o motivo para falar de um filme que foi lançado no Brasil em março de 2007 seja, por via dos fatos, um indício de minha falta de criatividade e de assuntos mesmo. Estou de férias, afinal, e não me agrada a idéia de ter que me preocupar em elaborar algo muito sofisticado para postar por aqui. De sofisticado já basta o romance Ferragus: o chefe dos devoradores do célebre Balzac, publicado pela LP&M.


Mas a idéia desse post nasceu das discussões sobre o filme Ghost Rider que tive com minha namorada depois de assistir pela quinta vez com ela, que nunca tinha visto, a citada obra cinematógrafica. Bom, se para ela que nunca tinha sido, digamos, uma fervorosa fã dos quadrinhos do motoqueiro de crânio em chamas que resolve fazer de sua maldição, oriunda de um pacto com o próprio capeta, uma arma para combater as mazelas do mundo tendo como poder principal o "olhar de penitência", achou que Nicolas Cage não convence e, ainda por cima, "transformou o motoqueiro fantasma em um leso", imagine eu, que desde a adolescência sonho em ter uma harley davdson e colecionava assiduamente as aventuras desse grande anti-herói.


Sim, anti-herói porque além de ter feito um pacto com o chifrudo em pessoa, para salvar a vida de seu pai que já começava a definhar com o câncer, Johnny Blaze ainda vive como um nômade, um errante que tem como casa sua moto e as ruas violentas de Manhattan, sem amigos, romances e fama, ao contrário do que fizeram no filme, que foi uma verdadeira glamorização desnessária do personagem, construído como um verdadeiro pop star do motociclismo e besta apaixonada. Isso é babaquice... Nos quadrinhos, fica bem claro que ao viver sua maldição, johnny Blaze abandona todos resquícios de seu passado.


Outro ponto que deixa a desejar além do roteiro, é a própria atuação de Cage que, nos quadrinhos, outra coisa bem nítida é que o Johnny Blaze tem a feições de um jovem, de no máximo uns 33 anos e não de um coroa metido a garotão. Essas coisas, em nome da insdustria de filmes hollywoodiana, as vezes assassinam demais o contexto que não deve esquecido da obra em quadrinhos, que é de onde o filme é adaptado. No mais, por enquanto é isso. Estou por aqui, aguardando a estréia do Batman: the dark knight, ainda mais depois que o Ledge morreu de overdose, justamente quando iria se libertar dos estigmas da viadagem dos cowboys e dar uma de macho fazendo o coringa, ehehehehe.