quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Agora sem trema e sem John Updike...



Resolvi dar um novo visual a apresentação do blog. Nada contra o grande e saudoso Bukowski, pelo contrário, mas é que se até a gramática mudou, porquê também não mudar o logo do Bar? Por mim, ideia se continuaria escrevendo idéia e sequelas continuaria tendo trema. Adoro trema, mas aí segundo Daniel Abath, amigo e jornalista dos bons, a reforma cai como uma luva para alavancar o mercado gráfico, que andava em baixa. Realmente, vão chover novas edições agora de gramáticas por todos os lados com a seguinte chamada: "Atualizada de acordo com a nova reforma gramatical brasileira". Talvez eu até acabe comprando uma, no fim das contas, se a chamada for mais original que essa.
Ah, mas também achei uma coisa bem injusta, já que comecei falando do velho safado (Charles Bukowski), o estardalhaço da mídia, sobretudo da Globo, em torno da morte do escritor John Updike. Colocaram o cara como o maior escritor norte-americano e como quem melhor retratou o cotidiano das pessoas simples, dos sujeitos comuns, do Estados UNidos. Se alguém quiser, realmente, saber como era o cotidiano de uma pessoa pobre dos subúrbios norte-americanos leia Misto-quente (Ham on rye) e Factótum do Buk. O grande lance é que Updike tinha cara de bonzinho, era bem asseado e magro. Ninguém quer imortalizar como maior literato de cotidiano um homem barrigudo, com a cara cheia de cicatrizes de espinhas e que andava cheirando mal. Pois, esse ano, vai fazer 15 anos que o velho Buk bateu as botas e nem uma notinha vagabunda ou uma reportagem de 2 minutos com comentários daquele ator de pornochanchadas brasileiras metido a intelectual chamado Arnaldo Jabor veio ao ar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Apontamentos sobre o sionismo judaico




Perambulando pela net achei um blog que gostei muito, chamado Caderno Aquariano, que é escrito pela artista plástica Martha Pires. Bom, me chamou a atenção dos seus escritos poéticos sobre a atual situação dos palestinos. Claro, tem a o apelo religioso, sobretudo cristão, de que a poeta se vale para clamar pelo fim dessa verdadeira limpeza etníca que os judeus estão empreendendo contra os mulçumanos, mas também não deixa de ser um clamor sincero.
Desde muito tempo e sobretudo, do começo até o meado do século 20, com os desfechos da II Guerra, os judeus foram considerados e tratados como o câncer do mundo ocidental. As políticas nazistas culminaram na morte de 6 milhões de judeus nos campos de concentração e, após o fim da guerra, o holocausto serviu para embasar um discurso sionista, cujo cerne é o direito dos judeus de terem um Estado próprio e de se defenderem militarmente. Até então, desde a criação do Estado de Israel, os judeus se negam a reconhecer a Palestina enquanto um Estado e realizam manobras políticas e militares de contenção social quem em muito se assemelham as que foram praticadas contra eles pelos nazistas.
Sobretudo com o apoio dos Estados UNidos, que fornece armas e tecnologia militar, Israel tem sido bem sucedido em suas iniciativas que remetem a apenas um objetivo: realizar uma limpeza etnica contra as minorias mulçumanas na região para poder exercer seu poder hegemonicamente. Claro, essas práticas remetem a outras de resistência por parte dos palestinos e aí vale de tudo: terrorismo, atentados com carros bombas, foguetes caseiros... o que fico aqui pensando é que, com certeza, nenhum desses revides tem as dimensões brutais e desumanas das incursões judeias ao território que engloba a faixa de Gaza: um pedaço de deserto que para os dois povos é sagrado. Além dessa brutalidade militar, existem as midíaticas e as do silenciamento, impostas por uma mídia ocidental que agora coloca os mulçumanos como câncer da humanidade e que não disfarça sua simpatia pela causa sionista.
Bom, esse post é apenas para expressar que, mesmo não possuindo tanta espiritualidade como a autora do blog que citei no início do texto, também acho indignante o que está acontecendo na Faixa de Gaza. As vítimas palestinas tem sido compostas de crianças, velhos, mulheres... pessoas indefesas diante dos tanques, bombardeios e dos M16 dos judeus. Estanos assistindo um novo holocausto, em pleno século 21, negligenciado por esse circo cheio de palhaços que se tornou a ONU e tudo isso no conforto da poltrona da sala.