quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

As velhas da nova consciência



BOm, que a Nova Consciência estava a cada versão indo para o fundo do poço todos já sabiam, ou já esperavam. E isso aconteceu justamente pela infiltração de ideias (sem acento, de acordo com a nova gramática), influências e práticas conservadoras relativas a política do Estado e do município em um evento que deveria estar, pela própria proposta "alternativa", o mais distante possível dessas tendências.
No caso das atrações musicais, tudo foi por água abaixo devido a cassação do príncipe encantado de Campina Grande, nosso Robin Cunha Lima, que rouba dos pobres para dar aos ricos. Tudo bem... Não vou entrar no mérito da questão. Entra em seu lugar um pior ainda, filhote da ditadura, tão perseguidor quanto o príncipe e, sobretudo, ignorante. Agora também tem uma coisa sobre essas atrações... não dá para variar um pouco não? E não venham com essa de "é um evento de proposta alternativa", "as bandas tem que se encaixarem na proposta do evento"... se encaixar na proposta do evento ou nos interesses e na panelinha da "brodagem" de quem está por trás da articulação da parte musical do evento?! Éis aí que merece ser posto em questão... justamente, por ser um evento, dito alternativo, deveria abrir espaço para a diversidade e bandas realmente alternativas, undergrounds. Primeiro sintoma da decadência da Nova Consciência: apadrinhamento.
O Jorge Elô, na sua coluna no Paraíba On Line, já deu uns toques interessantes sobre essa questão. Mais um sintoma de apadrinhamento são os palestrantes e convidados... tem de ser sempre as mesmas pessoas? Os mesmos cânones? Por ser um evento alternativo, não deveria estar sempre mudando os debates e trazendo novidades para chamar a atenção das pessoas?. Na verdade, nunca fui fã dessas palestras. Uma vez, entrei no Teatro Severino Cabral, com um amigo, para assistir a uma palestra e o cara começou a dar sermão sobre todos os malefícios do álcool (detesto isso). Falei ao meu amigo: "não seria melhor sairmos daqui e ir tomar uma cerveja?", e ele respondeu: "claro, claro...". Assim, de tão ecumênico e alternativo, a Nova Consciência irá acabando Nova Consciência Cristã ou Nova Consciência Regional.
Para quem pensa em vir a Nova Consciência ou ficar na cidade para acompanhá-lo, aconselho a desistir. Do jeito que as coisas estão, é melhor procurar uma praia para encher a cara de run com coca, ficar com a pele escamada, comer galeto com farofa e ser atingido por bombas de maizena. Isso sim, está bastante alternativo diante da apatia e reino de tramas políticas que se tornou a Nova Consciência.
Mesmo ficando em Campina Grande, aproveitei o carnaval para namorar muito. O que é muito bom, pois quem danado vai se importar com palestras e meia dúzia de hare krishna´s, enquanto toma uma saborosa cerveja, na varanda, agasalhado e abraçado com uma mulher de verdade, curtindo uma deliciosa chuva que caia lá fora? Mas, mesmo assim, pensei na situação de quem viajou para cá ou depositou grandes expectativas para o evento. Fica aqui registrado: nunca mais passo um carnaval em Campina Grande, nem se depender de uma Ultra Nova Consciência, Encontro da Consciência Inquisitorial ou Encontro dos Salvos em Belzebu.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Piadinha de Carnaval



Ah, sabe de uma coisa? BAHHHHHHHHHHHHHHHH! Feliz Carnaval!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

De volta a realidade (?) ...



Fim de férias... Não tem mais como correr do leão, ou no meu caso, do crivo de uma banca de mestrado. Será 1 ano para, no dizer do outro lá, gestar uma história e tê-la através de um parto díficil. Mas que fique bem claro que será um parto mental. Por essas e outras, nunca fui muito chegado nessas metáforas pós-modernas ou títulos de trabalhos muito engomadinhos.
Então, hoje pela manhã quando peguei uma moto-táxi para ir deixar os artigos pendentes das 3 últimas disciplinas que paguei, o tempo começou a fechar. "Deveria ir pegar minha jaqueta", pensei. Mas aí, coloquei a papelada dentro de uma pasta de plástico e sai apressado, esquecendo da bendita jaqueta. No meio do caminho pra faculdade, cai o maior toró, obrigando o moto-taxista a encostar sua moto pra gente se abrigar debaixo de uma laje de mercearia. Comecei a puxar assunto, para ser amigável e falando sobre as vantagens e desvantagens em se ser motoqueiro, larguei logo a deixa: "E aí? Já sofreu algum acidente?" e o cara: "Ah, sim. Quebrei meu dedo", foi falando isso enquanto me mostrava seu dedo indicador que tinha sinais visíveis de fratura. "Pois é. Eu quebrei meu fêmur já, mas não foi em acidente de moto... foi em uma queda de escadas no prédio que moro". Fez-se um silêncio mórbido... As vezes, acho que ninguém dá muito crédito a essa história, rs. Continuamos falando sobre motores, cilindradas e sobre motoristas de carro que agem como filhos da puta em relação aos motoqueiros.
A chuva deu uma estiada... cheguei na universidade e fui deixar lá no departamento todas as quase 50 laudas de inutilidades, somando os 3 artigos, em que consiste pra mim aquele monte de papel escrito. Aproveitei para passar na coordenação do CH para pegar um certificado que eles estavam me devendo... "Mais papel inútil pra minha coleção, pensei". Que saudade da minha ingenuidade nos tempos de graduação. Achava que estudando os feitos e idéias de meia dúzia de traças de livro iria mudar o mundo e resolver todos meus problemas, mas a realidade é que esse conhecimento, dito acadêmico, só tem uma finalidade: possibilitar nossa ascensão a um cargo de docência em alguma universidade e, assim, ser transformado em dinheiro. Nada contra isso, claro, pelo contrário. Afinal, se médicos, engenheiros, advogados, ganham tão bem, porquê os professores não podem ganhar grana com o que fazem também?. A única advertência que faço para os (as) mais afoitos (as), que estão ainda bem empolgadinhos (as), é que não disperdicem muito tempo, a genitalia e o esplendor da juventude em bibliotecas ou vão acabar como a criatura que ilustra esse post.