segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

De volta a realidade (?) ...



Fim de férias... Não tem mais como correr do leão, ou no meu caso, do crivo de uma banca de mestrado. Será 1 ano para, no dizer do outro lá, gestar uma história e tê-la através de um parto díficil. Mas que fique bem claro que será um parto mental. Por essas e outras, nunca fui muito chegado nessas metáforas pós-modernas ou títulos de trabalhos muito engomadinhos.
Então, hoje pela manhã quando peguei uma moto-táxi para ir deixar os artigos pendentes das 3 últimas disciplinas que paguei, o tempo começou a fechar. "Deveria ir pegar minha jaqueta", pensei. Mas aí, coloquei a papelada dentro de uma pasta de plástico e sai apressado, esquecendo da bendita jaqueta. No meio do caminho pra faculdade, cai o maior toró, obrigando o moto-taxista a encostar sua moto pra gente se abrigar debaixo de uma laje de mercearia. Comecei a puxar assunto, para ser amigável e falando sobre as vantagens e desvantagens em se ser motoqueiro, larguei logo a deixa: "E aí? Já sofreu algum acidente?" e o cara: "Ah, sim. Quebrei meu dedo", foi falando isso enquanto me mostrava seu dedo indicador que tinha sinais visíveis de fratura. "Pois é. Eu quebrei meu fêmur já, mas não foi em acidente de moto... foi em uma queda de escadas no prédio que moro". Fez-se um silêncio mórbido... As vezes, acho que ninguém dá muito crédito a essa história, rs. Continuamos falando sobre motores, cilindradas e sobre motoristas de carro que agem como filhos da puta em relação aos motoqueiros.
A chuva deu uma estiada... cheguei na universidade e fui deixar lá no departamento todas as quase 50 laudas de inutilidades, somando os 3 artigos, em que consiste pra mim aquele monte de papel escrito. Aproveitei para passar na coordenação do CH para pegar um certificado que eles estavam me devendo... "Mais papel inútil pra minha coleção, pensei". Que saudade da minha ingenuidade nos tempos de graduação. Achava que estudando os feitos e idéias de meia dúzia de traças de livro iria mudar o mundo e resolver todos meus problemas, mas a realidade é que esse conhecimento, dito acadêmico, só tem uma finalidade: possibilitar nossa ascensão a um cargo de docência em alguma universidade e, assim, ser transformado em dinheiro. Nada contra isso, claro, pelo contrário. Afinal, se médicos, engenheiros, advogados, ganham tão bem, porquê os professores não podem ganhar grana com o que fazem também?. A única advertência que faço para os (as) mais afoitos (as), que estão ainda bem empolgadinhos (as), é que não disperdicem muito tempo, a genitalia e o esplendor da juventude em bibliotecas ou vão acabar como a criatura que ilustra esse post.

2 comentários:

  1. Não diga isso não Joaquim que eu estou tão empolgada com a nova pesquisa que irei fazer, achando que irei mudar o mundo....

    Hehehe

    É duro descobrir que tudo isso é verdade, mas fazer o que? Vamos em frente...

    ResponderExcluir
  2. eheheheeh! Seria bem legal mesmo se todo mundo bem intencionado conseguisse mudar o mundo, né? Sucesso para você na pesquisa! Vamos em frente, afinal, como diria o velho e bom Fernando, "Tudo vale a pena...". :)

    ResponderExcluir