terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Feliz natal e próspero 2010!



Estamos adetrando no ano de 2010. Até lá, não sei se terei tempo para postar mais nada por aqui. Tempo, isso é algo que anda bastante escasso para mim. Fora as cobranças com os prazos do mestrado, agora em dezembro fui convidado para duas bancas de monografia: uma sobre Iracema de José de Alencar e outra sobre Dom Quixote, de Cervantes. Só posso dizer que 2009 foi um ano bastante generoso comigo e que vislumbro 2010 como uma espécie de continuidade de um projeto que começa a me render suculentos frutos. Não sei se vamos realmente travar contato com alienígenas, como previu Roy Scheider, por enquanto isso fica restrito mesmo ao cinema, mas também não duvido de nada. Falando nisso, recomendo também o filme apresentado pelo diretor do Senhor dos Anéis, chamado Distrito 9. Trata-se de um épico que gira em torno da colonização de ET's, parecidos com camarões, na região mais pobre da África. É um bom passatempo e que, de certa forma, pode levar a algumas reflexões interessantes. É isso... Desejo boas festas a todos leitores desse lugar.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Seminário de Nivelamento para a Seleção de Mestrado do PPGH/UFCG

Programação:

09/11/2009

19:00 – Palestra de abertura: Recepção, debate e influências do pensamento de Paul Ricoeur no oficio do historiador

Expositora: MSc. Kyara Maria de Almeida Vieira (UEPB- Doutoranda do PPGH/UFPE)
Local: Centro de Extensão José Farias da Nóbrega – UFCG

10/11/2009

08:00 – 10:00 - PAINEL I: RUPTURAS E PERMANÊNCIAS NO ESTUDO DAS CIDADES

1.1. Sydney Chalhoub uma discussão sobre “Varíola, Vacina, ‘Vacinophobia’”
Expositora: Catarina Buriti de Oliveira- (Mestranda PPGH/UFCG)

1.2. Uma leitura sobre “Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza” a partir do texto de Stella Bresciani
Expositor: Joachin de Melo Azevedo S. Neto - (Mestrando PPGH/UFCG)

Local: sala 15 – Hall da placas - UFCG

10:00 – 12:00 - PAINEL II: Imagens da Cidade: sensibilidades e sociabilidades

2.1. “Cidades visíveis, cidades sensíveis, cidades imaginárias”
Expositor: Ms. Herri Charriery da Costa Santos (PPGH-UFCG)

2.2. Campina Grande (1930-1950): “Água: desejo, promessa e espetáculo”
Expositor: Deuzimar Matias (Mestrando PPGH/UFCG)

Local: sala 15 – Hall da placas – UFCG

14:00 – 16:00 - PAINEL III: IMAGENS DO OUTRO: ALTERIDADES E IDENTIDADES

3.1. “Quem precisa da identidade?” uma discussão a partir de Stuart Hall
Expositores: MS. Rosemere Olimpio Santana (Doutoranda do PPGH/UFF) e Leonardo Bruno de Farias (Mestrando PPGH/UFCG)

3.2. Imagens de si, imagens do outro: uma leitura a partir de François Hartog
Expositora: Michele Pereira Cordão (Mestranda PPGH/UFCG)

Local: sala 15 – Hall da placas – UFCG

16:00 – 18:00 - PAINEL IV: NARRATIVAS E SUBJETIVIDADES NO TRABALHO DO HISTORIADOR

4.1. Práticas de leitura em Jorge Larrosa
Expositora: Ms. Maria Claudia Cavalcante (PPGH/UFCG)

4.2. Narrativas e representações: “O lugar da morte: poética popular e representação do morrer”
Expositora: Andrea Carla Rodrigues Theotônio (Mestranda PPGH/UFCG)

Local: sala 15 – Hall da placas – UFCG

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

;^D Sucessividades...



Anotações de bordo... Alguém sabe sobre aquela fase da vida em que tudo está dando certo? Pois bem, eu mal estou acreditando que a colheita de tantos frutos está se dando de forma tão farta em minha vida. São compromissos e mais compromissos para os quais estou sendo convidado para arcar, de forma sucessiva. Espero apenas estar a altura dessas responsabilidades e corresponder com as expectativas. Afinal, quando fazemos o que gostamos, sempre hão de aparecerem frestas e até portas abertas. Aproveito o ensejo para convidar os possíveis leitores desse espaço para a conferência que darei, de nivelamento da seleção de mestrado do PPGH/UFCG, a ser realizado nos dias 09 e 10 de novembro. A fala será intitulada Stella Bresciani: uma leitura sobre “Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza”. Também convido os interessados para o mini-curso Modernidade e trauma: história, literatura e engajamento que será realizado durante o I Seminário Nacional de Fontes Documentais em HIstória, entre 01 a 04 de dezembro do corrente ano, organizado pelo PPGH/UFCG, no qual estarei em parceria com o professor Gervácio Aranha discutindo as relações entre literatura e experiencias traumáticas na modernidade. Além disso, só tenho mesmo a agradecer ao público do mini-curso Imagens fotográficas e literárias da Belle Époque carioca, mistrado por mim e os professores Benjamin Montenegro e Cabral Filho durante a Semana de Humanidades da UFCG,que ocorreu entre 20 a 24 de outubro, além dos participantes do GT do mesmo título de mini-curso que será ministrado no Seminário Nacional em História da UFCG. São esses pequenos grandes momentos que me fazem ter a certeza de que valeu a pena ter dedicado minha vida para a história e suas tramas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009



Aos olhos da saudade como o mundo é pequeno. Esse post eu dedico a tí, que me cativou com sua calma, gentileza, generosidade e humor desconcertante. Leitora de Sade e de todos grandes mestres da literatura clandestina; Pagú de uma timidez ousada e de arrasantes olhos cor de flora.

quinta-feira, 30 de julho de 2009



Aquila non captat muscas.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Vídeos Motivacionais: The Solution

Saudações! Estava um tempo meio sumido! Na correria, sobretudo, estudando muito e escrevendo também. Nas horas vagas, uma circulada pela noite "fria" e demasiadamente familiar de Campina. Ainda mais em tempos de São João... uma certa euforia toma conta do populacho. Então, sempre se acontecem coisas interessantes e, até, inusitadas pra serem observadas. Eu, apesar de toda minha truculência, tenho tido, realmente, um São João generoso. Girls... algumas sabem realmente como sacudir as coisas. Bom, eu vou postar dois vídeos de uma banda de Soul Music chamada The Solution, de Chicago. Trata-se de uma banda que tem como membros principais a lenda do rock de Detroit: Scott Morgan, nos vocais e Nick Royale Andersson, que é ex-guitarrista e cantor da banda sueca The Hellacopters, tocando bateria. Eu simplesmente pirei quando baixei o primeiro albúm, "communicate", e o segundo, "Will not be televised". Pra mim, The Solution é uma prova de que é possível ser refinado e técnico, na música, sem precisar ser chato e pernóstico. A propósito, me lembrem de postar a queda de Caetano Veloso do palco, como sinônimo de vídeo desmotivacional. Nunca tinha visto show mais chato...



segunda-feira, 11 de maio de 2009

87 anos sem Lima Barreto



Lima Barreto (1881/1922) faria aniversário dia 13 desse mês. Sou suspeito pra tecer qualquer elogio ao escritor, pois é o meu favorito entre os brasileiros. Fadado a boemia, a noites infidáveis de andanças em lugares suspeitos e de baixa reputação, a semanas e semanas de bebedeiras e a uma vida sem reconhecimento, tendo sua candidatura a vaga na ABL ignorada, o único termo que define Lima Barreto é o de escritor maldito. Maldito por ter feito questão de afrontar o culto ao dicionário que os senhores de casaca e picinez, que frequentavam a Livraria Garnier no Rio, chamavam de literatura; maldito por ter sofrido na pele as rotinas sociais da opressão por ser mulato e pobre; maldito por criticar as futilidades e hipocrisias do liberalismo e se afirmar como anarquista, em um tempo que isso era motivo para deportações e exílios; maldito porque se abateu diante da sociedade e buscou refúgio no álcool como forma de evasão, até as últimas consequências. Segue algumas das minhas passagens favoritas que encontro em seu Diário Intímo:

"Eu sou Afonso Henriques de Lima BArreto. tenho vinte e dois anos. Sou filho legítimo de João Henriques de Lima Barreto. Fui aluno da Escola Politécnica. No futuro, escreverei a História da Escravidão Negra no BRasil e sua influência na nossa nacionalidade". (Diário Intímo, p. 33)

"Eu tenho muita simpatia pela gente pobre do Brasil, especialmente pelos de cor, mas não me é possível transformar essa simpatia literária, artística, por assim dizer em vida comum com eles, pelo menos com os que vivo, que, sem reconhecerem a minha superioridade, absolutamente não tem por mim nenhum respeito e nenhum amor que lhes fizesse obedecer cegamente". (Diário Intímo, p. 76)

"Enfim, a minha situação é absolutamente desesperadora, mas não me mato. Quando estiver bem certo de que não encontrarei solução, embarco para Lisboa e vou morrer lá, de miséria, de fome, de qualquer modo" (Diário Intímo, p. 172)

"No dia 30 de agosto de 1917, eu ia para a cidade, quando me senti mal. Tinha levado todo o mês a beber, sobretudo parati (cachaça). Bebedeira sobre bebedeira, declarada ou não. Comendo pouco e dormindo Deus sabe como. Andei porco, imundo" (Diário Intímo, p. 193)

"A segunda vez que estive no hospício de 25 de dezembro de 1919 até a 2 de fevereiro de 1920. Trataram-me bem, mas os malucos, meus companheiros, eram perigosos. Demais, eu me imiscuia muito com eles, o que não aconteceu daquela vez que fiquei de parte" (Diário Intímo, p. 213)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sitrans de Campina Grande versus mestrandos e doutorandos



Campina Grande tem mania de metrópole, tem mania de grandeza a começar pelo nome... Campina tem mania de megalomania. Mas não importa, sempre será uma província. Uma província cujas elites não passam de caboclos querendo ser ingleses, como já cantava nos perdidos anos 90, aquele mauricinho desafinado, metido a poeta e a politizado chamado Cazuza.Campina é uma província na qual se faz de tudo para que o jogo continue de cartas marcadas, mesmo que seja através de concursos, eleições, debates e qualquer outra prática que se tenha como democrática.
Uma das coisas na cidade que me deixa profundamente incomodado é a questão do monopólio no transporte público exercido por certas empresas ligadas a partidos e grupilhos políticos locais. O Sindicato de TRansportes Públicos de Campina Grande, o SITRANS, tem mania de tratar os estudantes da cidade como gado. Isso mesmo, não existe outra definição ou caracterização para o tratamento que dão a quem precisa ir até a sede de tão grandiosa instituição para ter garantido seu direito básico a meia passagem nos ônibus. O setor de atendimento ao público fica no primeiro andar e, ontém, cheguei a ficar UMA HORA E MEIA na fila esperando atendimento, em uma sala que fazia um calor infernal. Os 3 patéticos ventiladores que eles colocam para arejar o local não serve nem pra disfarçar o mormaço e a catinga de suor que as pessoas começam a emanar quando se passa mais de cinco minutos ali dentro. O tamanho do absurdo é grande: ontém quando eu estava lá, uma menina desmaiou e foi retirada por outras pessoas para ser atendida do lado de fora, tamanho era o calor lá dentro.
Se alguma parte dos lucros desse aumento absurdo que houve de 1,70 na tarifa urbana, em uma cidade do tamanho de um ovo é abusurdo, fosse usado em forma de retorno no atendimento público, isso poderia ser evitado. Mas que retorno ao público que nada... Anchieta Bernardino tem coisas mais importantes pra se preocupar, como por exemplo, negar o direito a meia passagem de uma parcela dos estudantes que seriam aqueles que estão na pós-graduação.
Pois é, para o sapiente chefe do SITRANS, os pós-graduandos não são estudantes. Eu poderia dizer que as pessoas, no geral, são estudantes a vida toda, talvez não pessoas como ele, claro. Mas isso é outra história. Segundo o DCE da UFCG, estão sendo feitas negociações entre a instituição dos estudantes e a dos vampiros, ops... quer dizer, sindicalistas. Nesse ínterim, como mestrando não tenho direito a me locomover pela cidade com a meia passagem. Espero que meus 1,70 estejam, pelo menos, servindo pra complementar o whiske dos empresários de transportes que financiaram a campanha do prefeito e do superintendente do SITRANS, já que pra manter de pé este absurdo é capaz até de articular conspirações nefastas com o PROCON. Eu só digo uma coisa: vai gostar de 1,70 assim na casa do satanás, infeliz!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mais uma epidemia...


Que muitas pessoas se assemelham aos porcos, isso todo mundo sabe. Sejam pela estética, ou pela própria constituição do cárater vil, lamacento e sujo. Agora ficar doente a partir de uma doença de porcos é novidade. O que mais me preocupa é que a epidemia começa justamente na zona de fronteira entre Estados Unidos e México, zona desertificada na qual é bastante propícia para instalações militares e científicas que trabalham de forma obscura.
Na verdade, os norte-americanos tem uma vasto currículo de atividades duvidosas de caça a vírus letais que afirmam serem feitas com base apenas em princípios científicos. A pesquisadora canadense Kirsty Duncan liderou, em 1997, uma equipe de pesquisadores para encontrarem exemplares congelados da gripe espanhola, em cadáveres, que estavam enterrados em uma ilha gelada da Noruega. Em 1919, essa epidemia chegou a matar 20 milhões de pessoas, entre as quais o presidente do Brasil Rodrigues Alves. O material que foi coletado nos cadáveres, as amostras, foram mandandas para laboratórios secretos na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Também não é novidade a ligação dos Estados UNidos com o desenvolvimento do vírus da AIDS, que seria, a princípio, usado como arma biológica, mas também deveria servir para intimidar e inibir os homossexuais. O continente africano parece ser um dos territórios preferidos dos norte-americanos para testarem essas novas epidemias. O próprio virus Ebola, capaz de transformar as entranhas de um ser humano em uma pasta de sangue, em algumas horas, também manifestou-e primeiramente por lá. A questão é que o Ebola é um vírus potencializado, isto é, submetido a um processo de mutação genética, para ter um efeito mais devastador. Aí é só ligar os fatos... Que país do mundo vem manipulando, coletando vírus e instalando bases na África, através de fachadas?
No caso da gripe suína, que é um microorganismo que quando se encontra no porco não causa "gripe" ao animal, por que diabos essa coisa vai achar justamente de sair de seu hospedeiro natural para invadir o corpo dos seres humanos, se nunca teve estrutura genética para isso? A maior dificuldade em se controlar e tratar a doença é que o vírus sofre mutações rapidamente. Mais um indício de que se trata de uma doença de laboratório, algo que, se não está sendo disseminado propositalmente, escapou dos laboratórios norte-americanos. Não é a toa que ficou agendado para 1999, através de uma convenção, a destruição de exemplares do vírus da varíola que estavam em poder dos Estados Unidos e da Rússia.
Posso ter ao menos o luxo de especular sobre as razões e as origens dessa epidemia que está causando um grande clima de histeria entre as pessoas. Talvez digam até que sou adepto do método paranóico hipercrítico de Salvador Dali, mas através de um raciocínio lógico, recorrendo ao histórico de envolvimento dos Estados Unidos com armas biológicas, basta ir montando as peça do quebra-cabeça. A questão é o seguinte: a essa porcaria de gripe, não tem rock n´roll, feijoada e muito menos espiríto de porco que resista.

domingo, 29 de março de 2009

O escafandro, a borboleta, o cigarro e o vagalume



Depois de assistir o filme "O escafandro e a borboleta", baseado na vida e no próprio romance escrito por Dominique Bauby, editor da revista Elle, na França,estou tentando parar de fumar os cigarros industriais. Não que eu queira viver para sempre, claro, como a linda mulher do Rob Zombie, interpretando uma sádica degenerada em Rejeitados pelo Diabo, ironiza uma das suas vítimas que se recusa a aceitar um cigarro oferecido por ela. Mas depois de assistir ao filme que é baseado nas memórias de Bauby já começo a me preocupar como essa minha caminhada vai findar.
Boêmio declarado, Bauby termina seus dias em uma cama, podendo mexer apenas 1 olho, embora sua mente permaneça funcionando perfeitamente, justamente, como se seu corpo estivesse dentro de um escafandro do qual ele apenas observa o que as pessoas fazem ao seu redor. Como a vontade de se comunicar é, realmente, redentora e com a ajuda de uma paciente secretária, consegue escrever o romance auto-biográfico, que foi sucesso entre a crítica e inspirou o filme, através de piscadas de olho. A questão é que terminar os dias como um bebezão, tendo de estar sendo limpado pelos outros ou sem ter consciência do que se passa ao redor não deve ser a coisa mais legal do mundo. Já experimentei coisa parecida por alguns dias, quando quebrei a minha perna e fiquei 3 dias imobilizado e uns 2 meses de cama. Foi um inferno... imagina passar anos assim.



Por essas e outras, como os fumantes estão inseridos em um grupo de risco favorável a derrames e que Bauby fazia parte, estou parando... foram bons momentos ao lado desses verdadeiros sargentinhos da morte, os quais tem momentos que a gente pensa que eles é que são nossos verdadeiros amigos, por estarem sempre disponíveis quando precisamos e embalados em caixas que transmitem muito glamour e poder. Já estou com saudades dos malditos canudinhos de câncer, mas estou vendo que sustentar a vaidade de ser um fumante tem um preço alto e que, deveras, estou mais disposto a viver do que pagar essa conta.
Agora uma coisa engraçada aconteceu essa semana que é digna de nota. Estava assistindo, no meu quarto, o filme "diversão macabra", um trash movie de gosto duvidável, quando uma pequena luz começa a circular pelo meu quarto. "Pronto, era só o que me faltava", pensei, aí acendi a lâmpada do quarto para constatar que diabos era aquilo. Tratava-se de um pequeno vagalume... fazia muito tempo que eu tinha visto um de perto, assim. Muito tempo mesmo, porque vagalumes são parte das minhas lembranças de criança, quando passava o tempo caçando eles e os aprisionando em vidros de maionese, quando passava as férias no sítio de meu avô. Valeu o susto que tive e as recordações!

terça-feira, 24 de março de 2009

Dá-lhe Brasil!



Eu poderia fazer um post só para registrar o quanto fiquei contente ao saber que foi mesmo confirmada a participação dos cariocas da banda Matanza no Abril Pró-rock de 2009, para abrir o show da Motorhead. Eu diria que fiquei mais que contente vendo a informação no site do evento, porque a sensação que estou é a que um sonho prestes a se realizar e melhor que isso é fazer parte da mobibilização da old guard de João Pessoa (velhos amigos que nem sempre posso visitar) para nos encontrarmos no show, colocar os papos em dia e tomar todas. Porém, essa semana algo absurdo aconteceu e foi divulgado em cadeia nacional e acho que é algo sério, que merece ser comentado.

"A professora Glaucia Teresinha Souza da Silva, 25 anos foi agredida por uma aluna da Escola Estadual de Ensino Fundamental Bahia, da Capital e foi internada no hospital local com traumatismo craniano. A discussão teria sido motivada por indisciplina da aluna. A agressão ocorreu quando a professora foi até a sala de aula da estudante da 8ª série para buscar a aluna e levá-la à direção, após um desentendimento entre as duas. A adolescente alega ter sido ofendida e admite ter empurrado a professora, que bateu a cabeça na parede, desmaiou e foi encaminhada ao HPS". (http://zerohora.clicrbs.com.br)

Vejam bem... essa semana substitui uma colega que precisava se ausentar da sala de aula por um dia em uma escola particular aqui da cidade. Fiquei estarrecido com o clima de imbecilidade e de mediocridade que impera entre os alunos na sala de aula. Posso resumir que minha grande experiência como "educador" se resumiu a intimidar, para estabelecer o mínimo de ordem na sala de aula, meia dúzia de mauricinhos mimados que acham que porque o papai paga a escola, tem o direito de tirar onda da cara do professor. Deifnitivamente, a universidade não prepara a gente para isso. Não prepara para sermos vítimas de agressões, nem para lidar com marginais da pior estirpe ou com imbecis precoces. Tive muita vontade de, em certos momentos, ter disponível a boa e velha palmatória... Sinceramente, teria sido uma experiência bem mais válida como professor.
O pior é que eu achava, como tinha tido uma experiência até legal como professor de escola pública, que na escola particular iria ser melhor ainda, em se tratando de pessoas que deveriam corresponder, se dedicando as aulas, aos esforços dos pais em custear-lhes os estudos. Mas na escola pública, as pessoas são mais tranquilas, porque muitas vindo de origens sociais humildes, se esforçam, se agarram aquelas aulas como se fosse mesmo algo que lhes vai proporcionar mais oportunidades de melhorarem de vida. Na escola particular, ocorre o contrário... A diretoria, por querer manter seus cofres cheios, acoberta toda canalhice dos alunos e estes, bem adaptados com a mentalidade pequeno-burguesa de que o dinheiro compra tudo, em sua grande maioria fazem questão de testar os limites psicológicos do professor, como quem diz: "sou eu que pago mesmo".
No caso dessa aberração da Bahia, a quem não vale nem a pena chamar de aluna, ela já está assistindo aulas novamente na mesma escola. No mínimo, deveria estar prestando serviços comunitários e indo ver um psiquiatra regularmente, porque uma pessoa dessa, apesar da pouca idade, só pode ser doente mental. No caso, dos imbecis mimadinhos das escolas particulares o que digo é que vão ter que achar outro pra encher o saco. Como lhes disse em sala de aula, não passei 6 anos da minha vida para ficar tendo meus limites testados por cinco ou seis bucefálos masturbadores. E pensar que é a essa geração idiota, burra e asquerosa que chamam de "futuro do BRasil"... Nossa, é, realmente, um futuro bem promissor.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Fuck movies sugestions for 2009

(Antes de mais nada, são filmes que foram lançados, originalmente, em 2008, mas que só chegaram aqui nesse ano)



"As pessoas perguntam: O que é um rocknrolla? Digo a elas que não tem nada haver com baterias, drogas e picadas. Oh, não. É muito mais que isso, meu amigo. Todos gostam de um pouco da boa vida. Alguns, dinheiro. Alguns, as drogas. Outros, o jogo do sexo, o glamour ou a fama. Mas um rocknrolla, oh, ele é diferente. Por quê? Porquê um rocknrolla de verdade quer a porra toda!". É com essa interessante consideração filósofica que o novo filme do Guy Ritchie, um dos meus diretores favoritos desde "Jogos, trapaças e dois canos fumegantes", "Snatch: porcos e diamantes" e "Revolver", RockNrolla, começa. Na minha opinião, Ritchie consegue, sempre contando com grandes atores, sintetizar, com um estilo irônico que lhe é peculiar, o que é interessante e atrativo no submundo e nas modalidades de vida que caminham na margem do estabilishment. Em RockNrolla temos uma junção, que há muito espero e que foi perfeita, da máfia com o rock n´roll. É interessante, divertido, irônico e sarcástico! É minha primeira sugestão.



Em segundo lugar, O lutador (The Wrestler), dirigido por Darren Aronofsk e protagonizado por Mickey Rourke está sensacional. O velho Rourke, depois das várias plásticas mal feitas que transformaram seu rosto em uma máscara de botox, tem se encaixado em papeis cada vez mais marcantes como o fabricante de Speed em Spun e o desasjustado anti-héroi Marvin de Sin City. Acho que o que torna essa safra de personagens de Rourke tão interessantes é que seus perfis tem muito em comum com o próprio ator: geralmente, são arrogantes, desasjustados, machistas e violentos. Pela sua atuação em O lutador, um drama no qual a vida de um profissional dos ringues de luta livre sofre uma reviravolta depois que ele sofre um ataque cardíaco e é aconselhado a seguir outra carreira pelo médico, ficou perfeita e é uma pena que não tenha recebido o oscar de melhor ator em 2009, porque merecia. Deram esse oscar a Sean Penn, que fez um filme mais "asseado".



Em terceiro, Max Payne, de John Moore, também ficou bem legal, sobretudo, pelos efeitos especiais, o uso das cenas de ação em câmera lenta tal qual acontece no jogo para Pcs e a preocupação do roteirista em ser fiel a trama original do game. Sou suspeito para elogiar esse filme porque gosto do jogo pra caramba. A história do policial violento que, quando se infiltra para investigar a máfia que lida com o tráfico de drogas, passa a ser perseguido pelos colegas e pelos mafiosos é protagonizada pelo ator Mark Wahlberg. E aí é que entra minha única consideração negativa sobre o filme: acho que existem atores melhores que convenceriam mais como o Max Payne do que o escolhido pelo diretor. É foda, mas como dizem, nem tudo na vida é perfeito.


Max Payne no Game, que é viciante demais.

domingo, 1 de março de 2009

Vídeo motivacional: Turbonegro

Rá! Ando viciado em escutar os noruegueses da TurboNegro. Eu acho que esses caras ressignificaram o termo "banda escrota". A começar pelo visual que usam que é uma alusão a personagens comuns nas fantasias sexuais das pessoas e depois pelas próprias letras, que são bem politicamente incorretas. Já são donos de uma considerável discografia que pode ser baixada na internet. De repente, já que Iron "Meidon" e Motorhead vão aparecer, Turbonegro por essas bandas seria possível? Dizem que pra eles tudo é possível. Um show que vale a pena, como podem comprovar nos vídeos! Enjoy the apocalypse dudes!

TurboNegro: Intro & The Age of Pamparius



D.I.B

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

As velhas da nova consciência



BOm, que a Nova Consciência estava a cada versão indo para o fundo do poço todos já sabiam, ou já esperavam. E isso aconteceu justamente pela infiltração de ideias (sem acento, de acordo com a nova gramática), influências e práticas conservadoras relativas a política do Estado e do município em um evento que deveria estar, pela própria proposta "alternativa", o mais distante possível dessas tendências.
No caso das atrações musicais, tudo foi por água abaixo devido a cassação do príncipe encantado de Campina Grande, nosso Robin Cunha Lima, que rouba dos pobres para dar aos ricos. Tudo bem... Não vou entrar no mérito da questão. Entra em seu lugar um pior ainda, filhote da ditadura, tão perseguidor quanto o príncipe e, sobretudo, ignorante. Agora também tem uma coisa sobre essas atrações... não dá para variar um pouco não? E não venham com essa de "é um evento de proposta alternativa", "as bandas tem que se encaixarem na proposta do evento"... se encaixar na proposta do evento ou nos interesses e na panelinha da "brodagem" de quem está por trás da articulação da parte musical do evento?! Éis aí que merece ser posto em questão... justamente, por ser um evento, dito alternativo, deveria abrir espaço para a diversidade e bandas realmente alternativas, undergrounds. Primeiro sintoma da decadência da Nova Consciência: apadrinhamento.
O Jorge Elô, na sua coluna no Paraíba On Line, já deu uns toques interessantes sobre essa questão. Mais um sintoma de apadrinhamento são os palestrantes e convidados... tem de ser sempre as mesmas pessoas? Os mesmos cânones? Por ser um evento alternativo, não deveria estar sempre mudando os debates e trazendo novidades para chamar a atenção das pessoas?. Na verdade, nunca fui fã dessas palestras. Uma vez, entrei no Teatro Severino Cabral, com um amigo, para assistir a uma palestra e o cara começou a dar sermão sobre todos os malefícios do álcool (detesto isso). Falei ao meu amigo: "não seria melhor sairmos daqui e ir tomar uma cerveja?", e ele respondeu: "claro, claro...". Assim, de tão ecumênico e alternativo, a Nova Consciência irá acabando Nova Consciência Cristã ou Nova Consciência Regional.
Para quem pensa em vir a Nova Consciência ou ficar na cidade para acompanhá-lo, aconselho a desistir. Do jeito que as coisas estão, é melhor procurar uma praia para encher a cara de run com coca, ficar com a pele escamada, comer galeto com farofa e ser atingido por bombas de maizena. Isso sim, está bastante alternativo diante da apatia e reino de tramas políticas que se tornou a Nova Consciência.
Mesmo ficando em Campina Grande, aproveitei o carnaval para namorar muito. O que é muito bom, pois quem danado vai se importar com palestras e meia dúzia de hare krishna´s, enquanto toma uma saborosa cerveja, na varanda, agasalhado e abraçado com uma mulher de verdade, curtindo uma deliciosa chuva que caia lá fora? Mas, mesmo assim, pensei na situação de quem viajou para cá ou depositou grandes expectativas para o evento. Fica aqui registrado: nunca mais passo um carnaval em Campina Grande, nem se depender de uma Ultra Nova Consciência, Encontro da Consciência Inquisitorial ou Encontro dos Salvos em Belzebu.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Piadinha de Carnaval



Ah, sabe de uma coisa? BAHHHHHHHHHHHHHHHH! Feliz Carnaval!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

De volta a realidade (?) ...



Fim de férias... Não tem mais como correr do leão, ou no meu caso, do crivo de uma banca de mestrado. Será 1 ano para, no dizer do outro lá, gestar uma história e tê-la através de um parto díficil. Mas que fique bem claro que será um parto mental. Por essas e outras, nunca fui muito chegado nessas metáforas pós-modernas ou títulos de trabalhos muito engomadinhos.
Então, hoje pela manhã quando peguei uma moto-táxi para ir deixar os artigos pendentes das 3 últimas disciplinas que paguei, o tempo começou a fechar. "Deveria ir pegar minha jaqueta", pensei. Mas aí, coloquei a papelada dentro de uma pasta de plástico e sai apressado, esquecendo da bendita jaqueta. No meio do caminho pra faculdade, cai o maior toró, obrigando o moto-taxista a encostar sua moto pra gente se abrigar debaixo de uma laje de mercearia. Comecei a puxar assunto, para ser amigável e falando sobre as vantagens e desvantagens em se ser motoqueiro, larguei logo a deixa: "E aí? Já sofreu algum acidente?" e o cara: "Ah, sim. Quebrei meu dedo", foi falando isso enquanto me mostrava seu dedo indicador que tinha sinais visíveis de fratura. "Pois é. Eu quebrei meu fêmur já, mas não foi em acidente de moto... foi em uma queda de escadas no prédio que moro". Fez-se um silêncio mórbido... As vezes, acho que ninguém dá muito crédito a essa história, rs. Continuamos falando sobre motores, cilindradas e sobre motoristas de carro que agem como filhos da puta em relação aos motoqueiros.
A chuva deu uma estiada... cheguei na universidade e fui deixar lá no departamento todas as quase 50 laudas de inutilidades, somando os 3 artigos, em que consiste pra mim aquele monte de papel escrito. Aproveitei para passar na coordenação do CH para pegar um certificado que eles estavam me devendo... "Mais papel inútil pra minha coleção, pensei". Que saudade da minha ingenuidade nos tempos de graduação. Achava que estudando os feitos e idéias de meia dúzia de traças de livro iria mudar o mundo e resolver todos meus problemas, mas a realidade é que esse conhecimento, dito acadêmico, só tem uma finalidade: possibilitar nossa ascensão a um cargo de docência em alguma universidade e, assim, ser transformado em dinheiro. Nada contra isso, claro, pelo contrário. Afinal, se médicos, engenheiros, advogados, ganham tão bem, porquê os professores não podem ganhar grana com o que fazem também?. A única advertência que faço para os (as) mais afoitos (as), que estão ainda bem empolgadinhos (as), é que não disperdicem muito tempo, a genitalia e o esplendor da juventude em bibliotecas ou vão acabar como a criatura que ilustra esse post.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Agora sem trema e sem John Updike...



Resolvi dar um novo visual a apresentação do blog. Nada contra o grande e saudoso Bukowski, pelo contrário, mas é que se até a gramática mudou, porquê também não mudar o logo do Bar? Por mim, ideia se continuaria escrevendo idéia e sequelas continuaria tendo trema. Adoro trema, mas aí segundo Daniel Abath, amigo e jornalista dos bons, a reforma cai como uma luva para alavancar o mercado gráfico, que andava em baixa. Realmente, vão chover novas edições agora de gramáticas por todos os lados com a seguinte chamada: "Atualizada de acordo com a nova reforma gramatical brasileira". Talvez eu até acabe comprando uma, no fim das contas, se a chamada for mais original que essa.
Ah, mas também achei uma coisa bem injusta, já que comecei falando do velho safado (Charles Bukowski), o estardalhaço da mídia, sobretudo da Globo, em torno da morte do escritor John Updike. Colocaram o cara como o maior escritor norte-americano e como quem melhor retratou o cotidiano das pessoas simples, dos sujeitos comuns, do Estados UNidos. Se alguém quiser, realmente, saber como era o cotidiano de uma pessoa pobre dos subúrbios norte-americanos leia Misto-quente (Ham on rye) e Factótum do Buk. O grande lance é que Updike tinha cara de bonzinho, era bem asseado e magro. Ninguém quer imortalizar como maior literato de cotidiano um homem barrigudo, com a cara cheia de cicatrizes de espinhas e que andava cheirando mal. Pois, esse ano, vai fazer 15 anos que o velho Buk bateu as botas e nem uma notinha vagabunda ou uma reportagem de 2 minutos com comentários daquele ator de pornochanchadas brasileiras metido a intelectual chamado Arnaldo Jabor veio ao ar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Apontamentos sobre o sionismo judaico




Perambulando pela net achei um blog que gostei muito, chamado Caderno Aquariano, que é escrito pela artista plástica Martha Pires. Bom, me chamou a atenção dos seus escritos poéticos sobre a atual situação dos palestinos. Claro, tem a o apelo religioso, sobretudo cristão, de que a poeta se vale para clamar pelo fim dessa verdadeira limpeza etníca que os judeus estão empreendendo contra os mulçumanos, mas também não deixa de ser um clamor sincero.
Desde muito tempo e sobretudo, do começo até o meado do século 20, com os desfechos da II Guerra, os judeus foram considerados e tratados como o câncer do mundo ocidental. As políticas nazistas culminaram na morte de 6 milhões de judeus nos campos de concentração e, após o fim da guerra, o holocausto serviu para embasar um discurso sionista, cujo cerne é o direito dos judeus de terem um Estado próprio e de se defenderem militarmente. Até então, desde a criação do Estado de Israel, os judeus se negam a reconhecer a Palestina enquanto um Estado e realizam manobras políticas e militares de contenção social quem em muito se assemelham as que foram praticadas contra eles pelos nazistas.
Sobretudo com o apoio dos Estados UNidos, que fornece armas e tecnologia militar, Israel tem sido bem sucedido em suas iniciativas que remetem a apenas um objetivo: realizar uma limpeza etnica contra as minorias mulçumanas na região para poder exercer seu poder hegemonicamente. Claro, essas práticas remetem a outras de resistência por parte dos palestinos e aí vale de tudo: terrorismo, atentados com carros bombas, foguetes caseiros... o que fico aqui pensando é que, com certeza, nenhum desses revides tem as dimensões brutais e desumanas das incursões judeias ao território que engloba a faixa de Gaza: um pedaço de deserto que para os dois povos é sagrado. Além dessa brutalidade militar, existem as midíaticas e as do silenciamento, impostas por uma mídia ocidental que agora coloca os mulçumanos como câncer da humanidade e que não disfarça sua simpatia pela causa sionista.
Bom, esse post é apenas para expressar que, mesmo não possuindo tanta espiritualidade como a autora do blog que citei no início do texto, também acho indignante o que está acontecendo na Faixa de Gaza. As vítimas palestinas tem sido compostas de crianças, velhos, mulheres... pessoas indefesas diante dos tanques, bombardeios e dos M16 dos judeus. Estanos assistindo um novo holocausto, em pleno século 21, negligenciado por esse circo cheio de palhaços que se tornou a ONU e tudo isso no conforto da poltrona da sala.