segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Divagando

Bom, o negócio está russo, ou talvez até tchecolosváquio. Fim da graduação. Mal posso esperar para pegar meu certificado de desempregado. Hoje pela manhã fui a faculdade entregar as 3 vias da monografia para que a coordenação agendasse a data de defesa, provavelmente entre 21 e 30 de novembro.
Fora a preocupação em fazer uma boa defesa (arrivismo e exclusão social: representações da modernidade brasileira na escrita de Lima Barreto), também me absorvem os estudos para a seleção do mestrado em História que será agora, no fim do mês... pessoal, tá pensando que é fácil é? Nem só de porres em show de rock se vive. Já diria o barretiano Carlos Almeida: "nem tudo na vida é orgasmo". Depois de uma dessa, durma-se em paz... quem quiser viver de aulas pra fedelhos impertinentes, de raciocínio duvidoso e de pouca desenvoltura existencial, boa sorte A minha experiência de dois bimestres nessa rotina foi suficiente para que eu deixasse de lado grandes ideais redentores e humanistas em relação a educação. Continuem lendo a pedagogia do oprimido que vocês vão longe, quem sabe até sejam homenageados pelo PCdoB, porque, na sala de aula, o único oprimido fui eu.

No mais, as dores do mundo, as quais Shopenhauer já dedicou uma verdadeira épura filósofica, já não são tão absurdas para mim. Basta se estar ao lado de uma mulher que escreve 3 posts consecutivos, um sobre Certeau, outro sobre Ginzburg e mais um poema de Fernando Pessoa que as coisas começam a ter algum sentido. Se nenhuma ilha é uma ilha, e nenhuma história é a História, creio que todo oceano também é apenas uma partícula de um todo. e estou me sentindo como uma espécie de todo, banhando por um oceano de novas e inspiradoras tsunamis.

acho que fico por aqui. Não sei mais o que escrever. Talvez monte até uma banda cover do Ramones, para deslocar meu nada fixo eu a um ambiente mais inusitado do que os dos eventos acadêmicos ou festinhas cívicas como as dos colégios. Talvez também já tenha encontrado mais 3 deficientes pra montarmos uma banda e tudo aquilo que sempre sonhei na adolescência, vire realidade.

adios, amigos!

P.s.: não estou ganhando nada com isso, mas leiam a re-edição que saiu pela editora Devir da revista em quadrinhos Chiclete com Banana, do Angeli. Umas das poucas que tenho lido que me fazem acreditar ainda no potencial do Brasil.

3 comentários:

  1. Muitas coisas para acontecer heim..? Curso concluído, um horizonte de novas perspectivas a tomar forma na sua vida..
    Quero te desejar boa sorte, te dizer que não se preocupe, pois vc terá êxito em todos os seus projetos. E, ao contrário do conceito comum das tsunamis, essas ondas gigantes que chegam de repente, arrastando tudo, trazendo a destruíção, espero que no teu caso, elas tragam outras coisas para além do caos. Coisas boas..
    Bjão!

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  3. E todo losermanos tbm tem seu fim hehehe...chiclete com banana sempre é uma boa dica pra leitura

    e essa foto do elvis costello me lembrou de quando eu usava um oculos parecido com o dele.Boa sorte nas coisas joaquim e principalmente na banda pois eu sei que essa vida de estudo,trabalho e esqueminha convencional sempre precisa de uma bagunça pra n deixar o tédio se tornar algo extremamente insuportavel. BORA MARCAR UMA BIRITA AI QUALQUER DIA.
    abraço!

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